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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A pessoa certa
é quem aceita desafios
quem explora limites
A pessoa certa é vc
que me bate

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Cerimônia de encoleiramento

Poucas coisas no BDSM são mais significativas do que a coleira usada por uma submissa que tem Dono. É o símbolo externo de compromisso feito entre um Dominador e uma submissa, uma marca de propriedade.


A Cerimônia
A submissa caminha em direção ao seu Dono e revela sua vontade de viver sua vida pelas regras do BDSM. "Senhor quero fazer do BDSM o meu estilo de vida"
O Dominador a aguarda com a coleira que será colocada na submissa. Toca um sino anunciando o inicio da cerimônia. A submissa caminha em direção ao seu Dono.
Um segundo sino toca... O Dominador entrega a coleira nas mãos da submissa.
A submissa com a guia na mão faz o seguinte juramento: "Eu O ofereço esta guia para que me guie e me dirija pela minha vida. É meu desejo pertencer ao Senhor e segui-lo por onde achar que devo".
O Dominador pega a guia da mão da submissa e declara... "Eu aceito esta guia como símbolo de sua entrega e prometo guia-la seguramente pelos caminhos da vida. Você me pertence e eu farei de tudo para protege-la em minha jornada".
O Dominador pede a submissa que se ajoelhe a sua frente e pega a coleira para colocar em seu pescoço. "Você ajoelha-se aos meus pés e aceita este símbolo de minha propriedade como uma marca para nós e para os outros que encontraremos em nossa jornada?"
A submissa se ajoelha, cabeça alta, porem olhos baixos. Será a ultima vez que será "pedido" para ela ajoelhar-se. "Me ajoelho como sinal de minha submissão e aceitação de sua coleira. Eu a usarei com orgulho por todos os meus dias, Senhor".
Ele então coloca a coleira e diz "Você agora me pertence".
"Eu agora a pertenço, Mestre". É a primeira vez que a palavra Mestre será usada na cerimônia.
Dominador, então diz: "Eu aceito sua vontade de me servir e aceito os segredos de seu coração. Vou honrar seus desejos e necessidades. Você me pertence e é, portanto, parte de meu corpo, da minha alma e de meu destino".
Submissa... "Eu aceito suas condições e respeito os segredos de seu coração. Vou ama-lo e honrá-lo enquanto o sirvo da melhor maneira que conseguir. Abrirei minha cabeça e minha alma tendo certeza que quer sempre o melhor para mim. Minha submissão ao senhor é um presente dado com prazer e não deverá nunca se tornar um fardo. Sou agora parte do senhor e respeitarei isto, já que agora nós tornamos um".
O Dominador prende a guia a coleira e com um leve puxão, simbolizando a nova condição de Mestre e sub, "comanda" que ela levante-se. Os sinos tocam anunciando um novo vinculo formado. Ele a beija. O casal se abraça mostrando o afeto entre eles. O Mestre oferece uma jóia a ser usada quando a coleira é imprópria.
O encoleiramento é algo levado a serio na comunidade BDSM e o significado deste não deve nunca ser esquecido.
retirado do blog "O reino de K"

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cadela


Cachorro não é igual a gato
cachorro vive do resto
do dono



Tenho a impressão que sou sua cadela
A menina masoquista riscava de branco
seu negro dia
quando o carrasco adentrou sua sequiosa vida 
e não quis saber 
chicoteou-a forte e em longa duração
estalou tapas em bundas
santificou gozo
na forma de mijo
e adorou sua escrava branca
nesse dia não tão negro assim.

Maria de Sade

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SETEMBRO LARANJA

    





    Dia laranja de quente na península. Minha mão despenca na lente dela. É tudo praia da armação no pano de fundo da imagem! E eu a namorar uma fotógrafa...
Ops! Não mostra o seio não amor.
- Ah, só um pouquinho, deixa.
    Não era só porque estávamos transando que eu deveria mostrar nossos galopes pro mundo...
–Ah amor, para!
- Vai mostra tudo que eu quero fotografar.
    A praia da armação era cilada, a piscina cilada, eu calada, cilada. Peguei a rolleiflex e fugi descendo as escadas daquela chique pousada de milionários de plantão. Posso não, quero não. Eu que só queria uma transa ia acabar virando folhinha de borracheiro.
    Mas ela veio atrás, degrau e degraus e quarto. Mal entrei ela segurou a porta:
- Sua cadela, você não percebe que faz o que eu mando?
    Tremi como as velas dos barcos na praia de Manguinhos.
- Agora vou fotografar tudo, tira a roupa.
- Amor para, vamos namorar!
- Tira a roupa senão não...eu não namoro.
- Ah amor, namora...
- De joelhos, agora pede, implora. Fala...anda, eu não ouvi.
    Ajoelhei:
- Me namora!
- Mais alto eu não ouvi! Beija meu pé e pede.
    Meus beijos nos pés, no chão, tontos... e ela a puxar-me pelos cabelo :
-Cama!
    Fiz que levantava e ela:
-Não, vai de quatro ate lá.
    Subjetivada de chão pus-me a cair de amor. Era tarde demais já estava no jogo.
    Aquele dia laranja desfolhou-se quente, ímpar, buzianamente sensual na nossa ilha de lesbos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010




O que faz uma escrava sexual, meu poeta?


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Poeta Libertino Bom dia, de Sade. Primeiro tem que entender que escravatura e escravidão não são a mesma coisa. A sujeição sexual não implica falta de liberdade individual e, filosoficamente, os Dom que disso se servem não perceberam nada do Livro. Provavelmente, nem o leram. Vão apenas atrás de blogs e de tertúlias que reflectem modas, mas desprovidas de sentido, e esperam assim enredar submissas novatas que lhes esvaziem os tomates. Ser escrava não é nada disso. Passo a explicar...
Ontem às 07:27 · Curtir
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Poeta Libertino Ser escrava não é privação, é evolução para uma nova liberdade. A liberdade consciente de assumir que sente prazer sexual na submissão e na dor. Por isso, nunca deve anular a sua própria vontade. A mulher que já está preparada para ser escrava, nunca se anula. Nunca! E até na escolha de quem a domina deve fazer uso dessa liberdade, a de escolha. Um Dom Superior é o que ama a dor da escrava com a mesma intensidade que numa relação dita "normal" amaria a mulher que nada mais conhece senão a posição de missionário.
Ontem às 07:32 · Curtir
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Poeta Libertino Ao dominá-la entrega-se ao prazer da mulher que idolatra, como ela deseja, sabendo que o veículo afrodisíaco dela são a submissão e a dor. Só depois de ambos entenderem o sentido dessa relação de entrega e respeito, é que estão preparados para experimentar os Novos Prazeres. Em conclusão; o que deve fazer uma escrava? Estar consciente da sua vontade e nunca deixar de ser fiel a si mesma. "Faz o que tu queres", é a Lei. Porque verdadeiras escravas, de Sade, são aquelas que por vergonha ou covardia não assumem o seu Prazer.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Castelo de Sade (perversidades literárias)

    Golpes fortes no corpo do texto, chicote em cadência cardíaca. A poeta procura a perversidade literária.
    - Venham a nós as vagabundas formas de amor! Venham leitores!
    Tintas fortes, camas resistentes e algemas. Sou canhota e me orgulho disso. A culpada de tudo foi a bela professora de alfabetização que em meio a encontros consonantais ensinou-me os mistérios da palavra. 

    Chegamos à origem da tragédia, à causa da patologia: a poeta está acorrentada a sadismos, a vícios de linguagem. Torturo-os leitores, suportem, sei que gostam.
    - Ser canibal dos leitores, milhares deles, perfilados numa noite suja.
    Objetivo único da sádica escritora é envolver, conduzir, dialogar, entreter, fetichear, fantochear os leitores, deleite! Por fim, fazer-vos ter prazer na dor.

    Em minha última encarnação fui o Senhor de Sade. Ela, a encarnação, foi literária, claro. Escrevi nas paredes dos hospícios com tinta de sangue e fezes. Minha alma: inscrição perversa destilada em vários fascículos. 
    Voltemos aos milhares de leitores esperando a hora da execução:
    - Algemas senhores, é a exigência que não se cala. 

    Só garanto-lhes uma coisa -o prazer, mesmo que à custa das suas vidas, ou de algumas dores. Cuidado!  São páginas de perversidade.
    - Algemas colocadas, agora percebam como não conseguem soltar o livro. Leiam a voz de comando. Venham, entendam como é doce a submissão.
    Cuspo palavras nas suas caras escancaradas, glória! E vocês continuarão a ler, rastejando migalhas pelo chão da página.

Farejando o poema imundo num fim de noite no castelo de Sade.
Golpe sujo! Golpe na epiderme do cérebro. Bem devagar e com absurdo prazer.
    - Amo torturar-vos e amam a tortura.

    Bem vindos ao calabouço! Aqui onde as expressões de tortura e as frases de prazer tingirão as letras do verso.
    - Ah, o sangue doce e desavisado dos leitores, meu vinho predileto!
    Como vocês me pertencem, jogo no assoalho do texto doces perversidades.  Vão lambê-las, ávidos de obediência, sequiosos de intimidade. Mas, não esqueçam nunca as intenções doentes do autor. Nunca!
    - Nada como conhecer as acomodações do nosso castelo, não acham? Voltem sempre!