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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A MIM ME GUSTAM LAS MUCHACHAS PUTANAS




Dessas que chupam as bolas
... que entram de sola
das que não tem meio termo
que abrem as pernas e não pedem arrego
dessas depiladas, peladas, liberadas
eu as quero desarmadas
de boca esporrada
Eu as quero do jeito que for
tocando bongô
com a boca no microfone
chamando meu nome
no meio da chuva
dessas que passam gel no cabelo
que a gente flagra no banco traseiro do carro
dessas que dizem os diabos
que agarram o seu pescoço
que sempre dão o troco
dessas com aros em forma de brinco
que sabem segurar um pinto
essas entendem o que eu sinto
essas sabem que eu não brinco
se entopem de vodka assistindo Mtvê
essas nunca vão chorar por você
não vão mentir pra você
não tem por que
não vão contar histórias
não vão dizer que você foi a melhor foda
não vão querer o seu sangue, só o seu dinheiro
não vão querer flores, nem caixas de bombons
não te arrastam pra igreja
só se encharcam de cerveja
e se eu digo: pra mim chega.
elas guardam o batom e vão embora
nunca estão de calcinhas
quando descem as escadas
estão sempre dançando
mordendo
chegando de táxi a uma da manhã
elas não são puras, são putas
não querem o céu
não sabem quem é Nina Simone
não querem o meu número de telefone
paixão elas tiram de letra
encaram qualquer treta com uma chave de boceta
Adoro essas putas loucas
caindo de boca
que nunca ouviram um blues
fazem chupeta e dão o cu
Eu as quero sujas
num beco escuro, atrás do muro
meu pau duro abrindo caminho
desprezando carinho
fissura de vinho
na segunda-feira
gozando de primeira
comendo pastel na feira
maquiadas
peladas
desbocadas
a mim me gusta
que se fodam as puras
que gozem as putas.

poema de Mario Bortolloto

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A dor é fabulosa

 Deixem espaço pra dor
 A dor conta histórias, tem devir. 
A felicidade é terminal. Engasga na garganta do canibal.
Sou um canibal sem rosto a serviço da dor.
Meu deus é a dor.



Laisser la place à la douleur


La douleur raconte des histoires, a un devenir
Le bonheur est terminale.
Étouffe dans la gorge du cannibale.
Je suis un cannibale anonymes au service de la douleur.
Mon dieu est la douleur.

domingo, 11 de setembro de 2011

BDSM ROMANCE


Puxou-me no canto da rua em cantada barata de mais um carnaval. Já era noite e o som alto dos batuques permitia berros de paixão. Então, deu-se a cena. Beco escuro/prendeu-me na parede cravejada de grafite/espancou-me o body, só um pouco de dor pra cena começar.

–De quatro, no chão!

E foi só a descida vertigem e suas botas em grande angular.

–Beija a bota e limpa...neném...

Língua arrastando etílica na bota do sujeito não sei quem. Cena em preto azulada. O neon da boate de quinta a desafiar-me, em tom menor, o foda-se. Ruas estreitas/pensamentos idem. Sou fundadora da minha tribo, salto do concreto piche para as melhores camas desse mundo apocalíptico barato que impuseram-me.

- Levanta o rosto neném...levanta pra apanhar!

Tava começando a melhorar, o papai resolveu virar gente no meio do meu jantar...Vem meu amor surpreenda-me com o seu não. Dito/feito e sacramentado, me largou ali ,sem mais B.O. Escarrou-me a cara não sem antes jogar a rede, em forma de cartão, no chão da pista, a pista... Seu numero no céu. Estrelei-me e constelei-me no enfiado da cena. Porra e nem era Tarantino...

Cena dois/tomada um...Tomada de ódio caída de chão & satisfeita.

Ele é o cara!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Cedo amadureci e fui altamente estimulado, ao ter em mãos, aos dez anos de idade, as lendas dos mártires. Recordo-me de ter lido horrorizado, ainda que com verdadeiro prazer, como feneciam nas prisões, ou eram colocados em espetos, transpassados de flechas, fervidos em pez, lançados às feras, ou então como padeciam na cruz, e de como a tudo isso padeciam com uma espécie de alegria. Sofrer, suportar cruéis tormentos apareceram-me como prazer, tanto mais se infligidos por uma bela mulher, que para mim desde sempre concentrou toda a poesia, como tudo o que há de demoníaco. A ela rendi formal e cerimonioso culto.”
de “A vênus das peles" de Sacher Masoch

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Madame de Sade lia histórias enquanto seu marido cometia atrocidades em nome do prazer...
Se pensarmos para além do bem e do mal, para além do pensar judaico/cristão, entenderíamos de forma diversa o mal em si. Criamos o conceito do mal para nos afastarmos do grande perigo que é encararmos nossos próprios demônios. Nada esta fora de nós, nossas fantasias são nossas, vieram de dentro. Portanto temos aí uma divisão entre o mal dentro e o mal fora. O mal dentro nós nos é altamente familiar e a medida não existe. Dentro de nós o mal não tem limite. Por fora o mal é gerenciado com o nome de poder. E aí entram os limites e leis e a ferramenta básica do Demo: o dinheiro. Com a moeda compro almas. Admitamos isso é fato. Uma pessoa muito rica compra o que quer até o consentimento da sociedade em relação aos seus atos , sejam eles pérfidos ou não. Compro meu direito de exercer o mal com a moeda do Tinhoso e exerço-o na rapidez da lâmina da espada, na imparcialidade do fogo, na astúcia da água e na onipresença do ar.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Ruby


Salva-me
purifica-me com seus tapas
suspenda-me ao altar do seus olhos
e num ritual macabro
beba meu sangue
no consentimento dos dias que virão

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A pessoa certa
é quem aceita desafios
quem explora limites
A pessoa certa é vc
que me bate

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Cerimônia de encoleiramento

Poucas coisas no BDSM são mais significativas do que a coleira usada por uma submissa que tem Dono. É o símbolo externo de compromisso feito entre um Dominador e uma submissa, uma marca de propriedade.


A Cerimônia
A submissa caminha em direção ao seu Dono e revela sua vontade de viver sua vida pelas regras do BDSM. "Senhor quero fazer do BDSM o meu estilo de vida"
O Dominador a aguarda com a coleira que será colocada na submissa. Toca um sino anunciando o inicio da cerimônia. A submissa caminha em direção ao seu Dono.
Um segundo sino toca... O Dominador entrega a coleira nas mãos da submissa.
A submissa com a guia na mão faz o seguinte juramento: "Eu O ofereço esta guia para que me guie e me dirija pela minha vida. É meu desejo pertencer ao Senhor e segui-lo por onde achar que devo".
O Dominador pega a guia da mão da submissa e declara... "Eu aceito esta guia como símbolo de sua entrega e prometo guia-la seguramente pelos caminhos da vida. Você me pertence e eu farei de tudo para protege-la em minha jornada".
O Dominador pede a submissa que se ajoelhe a sua frente e pega a coleira para colocar em seu pescoço. "Você ajoelha-se aos meus pés e aceita este símbolo de minha propriedade como uma marca para nós e para os outros que encontraremos em nossa jornada?"
A submissa se ajoelha, cabeça alta, porem olhos baixos. Será a ultima vez que será "pedido" para ela ajoelhar-se. "Me ajoelho como sinal de minha submissão e aceitação de sua coleira. Eu a usarei com orgulho por todos os meus dias, Senhor".
Ele então coloca a coleira e diz "Você agora me pertence".
"Eu agora a pertenço, Mestre". É a primeira vez que a palavra Mestre será usada na cerimônia.
Dominador, então diz: "Eu aceito sua vontade de me servir e aceito os segredos de seu coração. Vou honrar seus desejos e necessidades. Você me pertence e é, portanto, parte de meu corpo, da minha alma e de meu destino".
Submissa... "Eu aceito suas condições e respeito os segredos de seu coração. Vou ama-lo e honrá-lo enquanto o sirvo da melhor maneira que conseguir. Abrirei minha cabeça e minha alma tendo certeza que quer sempre o melhor para mim. Minha submissão ao senhor é um presente dado com prazer e não deverá nunca se tornar um fardo. Sou agora parte do senhor e respeitarei isto, já que agora nós tornamos um".
O Dominador prende a guia a coleira e com um leve puxão, simbolizando a nova condição de Mestre e sub, "comanda" que ela levante-se. Os sinos tocam anunciando um novo vinculo formado. Ele a beija. O casal se abraça mostrando o afeto entre eles. O Mestre oferece uma jóia a ser usada quando a coleira é imprópria.
O encoleiramento é algo levado a serio na comunidade BDSM e o significado deste não deve nunca ser esquecido.
retirado do blog "O reino de K"

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cadela


Cachorro não é igual a gato
cachorro vive do resto
do dono



Tenho a impressão que sou sua cadela
A menina masoquista riscava de branco
seu negro dia
quando o carrasco adentrou sua sequiosa vida 
e não quis saber 
chicoteou-a forte e em longa duração
estalou tapas em bundas
santificou gozo
na forma de mijo
e adorou sua escrava branca
nesse dia não tão negro assim.

Maria de Sade