BDSM ROMANCE
Puxou-me no canto da rua em cantada barata de mais um carnaval. Já era noite e o som alto dos batuques permitia berros de paixão. Então, deu-se a cena. Beco escuro/prendeu-me na parede cravejada de grafite/espancou-me o body, só um pouco de dor pra cena começar.
–De quatro, no chão!
E foi só a descida vertigem e suas botas em grande angular.
–Beija a bota e limpa...neném...
Língua arrastando etílica na bota do sujeito não sei quem. Cena em preto azulada. O neon da boate de quinta a desafiar-me, em tom menor, o foda-se. Ruas estreitas/pensamentos idem. Sou fundadora da minha tribo, salto do concreto piche para as melhores camas desse mundo apocalíptico barato que impuseram-me.
- Levanta o rosto neném...levanta pra apanhar!
Tava começando a melhorar, o papai resolveu virar gente no meio do meu jantar...Vem meu amor surpreenda-me com o seu não. Dito/feito e sacramentado, me largou ali ,sem mais B.O. Escarrou-me a cara não sem antes jogar a rede, em forma de cartão, no chão da pista, a pista... Seu numero no céu. Estrelei-me e constelei-me no enfiado da cena. Porra e nem era Tarantino...
Cena dois/tomada um...Tomada de ódio caída de chão & satisfeita.
Ele é o cara!
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